Nos
seus “Agradecimentos Megaespeciais” você disse: “Obrigada a cada um por não desistirem de mim, por serem cúmplices e
testemunhas desse caminho, que começou há 30 intensos anos!”
Pois
eu lhe respondo: Não precisa pedir, não precisa agradecer, porque mesmo que a
gente quisesse desistir de você, isso já não seria possível, porque de alguma
forma, em algum momento, você se emaranhou nos nossos sentimentos com uma ou
várias de suas canções e já faz parte da nossa história. Simplesmente não temos
como nos livrar disso. Nem queremos!
E a
prova disso você tem visto e sentido com este seu novo (na acepção da palavra)
trabalho. Quem já te viu em um palco jamais esquecerá e quem não viu ainda não
sabe o que está perdendo. Você continua emocionando, porque você é emoção. Você
É e não é preciso mais nada.
Confesso
que quando a cortina se abriu e a vi ali no meio daquele palco despido de
grandes cenários e você naquele seu “pretinho básico”, pensei: Será que isso
vai ser bom? Foi. Foi estupendo. Você e a sua essência e é só disso mesmo que
precisamos. Não há cenário nem figurino que fará diferença se temos você, sua
voz e a sua emoção. Todo o resto se torna menor, mera perfumaria. Crédito,
óbvio, também para a banda e para os compositores. Mas tudo isso, tenho
certeza, não seria tão bom se não fosse com você.
E o
ambiente só ajudou ainda mais a intimidade do momento. Como você mesma lembrou,
conforme dizia a nossa queridíssima Ângela Leal, “o símbolo da resistência cultural” - nosso bom e velho Rival - nos
acolhe e nos aconchega, com a sua história impregnada pelas paredes, faz com
que nos sintamos em casa. E eu te digo, nos sentirmos em casa na sua companhia
é tudo de bom.
O ato
de criar, concordo com você, é um ato de egoísmo, quando nos vem a inspiração
ficamos com aquilo martelando na nossa cabeça e nos angustiando, nos oprimindo
e queremos, egoisticamente, nos livrarmos da idéia obsessora para conseguirmos
ter paz. Depois que nos livrarmos da cria, nós a lançamos para o mundo e o
tempo (e o público) é que vai se encarregar do destino dela, porque a nós ela
já não pertence.
Seguindo
este raciocínio desejo, ardentemente, que você tenha muitas destas crises, mas
que não sofra, que liberte-se logo dessas crias e as jogue para nós, porque
para nós elas são pérolas preciosas que nos acompanham pela vida afora. E sim,
muitas delas traduzem o que sentimos, o que gostaríamos de dizer, como se a
nossa mente tive sido lida. E juramos, é verdade, que foram escritas para nós,
então declaramos descaradamente que é nossa. Essa é a minha música. É a música
que marcou um momento, um acontecimento, um tempo, ou simplesmente é a leitura
da nossa vida. Ainda está por nascer aquele que nunca teve uma música que jurou
ter sido escrita para si. Queremos mais, muito mais de você e com você, porque
ainda há muito pra se viver e precisamos ter uma boa trilha sonora para estes
dias que ainda estão por vir.
Enquanto
você destilava emoção naquele palco nós nos embriagávamos de emoção. Ok,
confesso que bebemos também uma garrafa de vinho branco, mas nem chegou a fazer
efeito, porque a adrenalina de tê-la ali, na nossa frente, completamente
cúmplice na troca de energia, era imensamente maior.
Quando
o último acorde silenciou e a cortina se fechou, um amigo da mesa ao lado
perguntou: - Mas já, já acabou? – Sim, filhinho, o que é bom dura pouco, você
não aprendeu ainda? Respondi.
É
nestas horas que você percebe que teve o privilégio de assistir a um bom
espetáculo. Quando fica este gosto de quero mais, muito mais. Por isso, não
demore muito a voltar. Volte logo, o mais breve possível, nos proporcionar
outras mágicas noites que, certamente, também entrarão para a nossa história.
Queremos, no mínimo, mais 30 anos com você!
Vídeo: Pelo Sabor do Gesto
Vídeo: Pelo Sabor do Gesto
Lindas, suas palavras!!
ResponderExcluirZD, é MARAVILHOSA <3
Valeu Bruna!
ExcluirObrigado pela visita e volte mais vezes!
a-do-ro , linda homenagem!
ResponderExcluirValeu Cris!
ResponderExcluirSeja bem vinda e volte muitas outras vezes!