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quarta-feira, 11 de abril de 2012

Sexólogo de Ocasião


Vamos falar de sexo, bebê!
Dia destes estava almoçando em um restaurante, daqueles em que há um aparelho de televisão que ninguém consegue ouvir o que se está assistindo, mas que sempre funcionam com aqueles que são viciados na telinha e ficam hipnotizados por ela em qualquer lugar, mesmo quando estão acompanhados. A companhia fica sempre em segundo plano.
Estava passando um programa que deduzi ser de debate, ao qual eu não dei a mínima atenção, até porque não conseguia ouvir nada mesmo, então preferi me concentrar no meu prato (estava almoçando sozinho), até o momento em que surgiu na tela a cena do filme Harry & Sally – Feitos Um Para o Outro, quando Sally (Meg Ryan) finge um orgasmo para Harry (Billy Crystal) em pleno restaurante. A cena é ótima e eu a assisti imaginando ela acontecendo exatamente onde eu estava, comecei a rir (internamente) imaginando as pessoas que me rodeavam sendo os coadjuvantes. Mesmo sendo divertida,  a que se passou pela minha imaginação foi muito mais.
A partir daí não foi muito difícil chegar à conclusão de que o tema em discussão era sexo e orgasmo. Este assunto não se esgota nunca, por mais que se viva e por mais que se pratique. Desde o tempo em que as mulheres eram arrastadas pelos cabelos para dentro das cavernas aos dias atuais – quando são elas quem arrastam os homens como autenticas predadoras - enquanto o mundo for mundo, sexo sempre será tema de debates e com ele o tal ponto “G”.
Vou entrar neste debate na contramão. Sempre se discute a insatisfação das mulheres, pois bem, os homens também nem sempre estão satisfeitos. Não temos o tal ponto “G”, em contrapartida temos todos os outros pontos, de “A” a “Z”, espalhados pelo corpo e ninguém se preocupa com eles. Os homens também andam insatisfeitos, principalmente porque passaram de caçadores a caçados e as mulheres têm sido egoístas o suficiente para se preocuparem apenas consigo esquecendo que as suas caças também necessitam de prazer.
Elas conseguiram, ao longo dos tempos, merecidamente, muitas conquistas, mas o maldito orgasmo ainda é uma conquista pela qual muitas ainda estão em constante e eterna batalha. Embora o assunto já não seja tabu há muito tempo, ainda assim é sempre uma reivindicação velada. Este é o problema, se debate em público, mas não se fala na intimidade. Sexo tem que ser falado, aprendido sempre, porque ninguém tem curso de adivinhação para saber do que o outro gosta.
Sexo é como comida, a gente vai aprendendo a gostar experimentando, tem o que nos faz salivar de desejo só em pensar e tem também o que não gostamos muito, mas que encaramos só pra agradar. Faz parte da troca de prazer que não deve ser egoísta. Podemos até não gostar muito de determinado jeito, de determinada prática, mas temos o dever de deixar o outro satisfeito se queremos também ter prazer de forma que nos agrade. Tem que haver a troca, porque senão a balança fica desequilibrada e um dia a casa cai.
E mulheres, pelo amor de nossa senhora dos prazeres, os homens também tem outras zonas erógenas além do dito cujo. Temos um corpo todinho cheio de locais (de “A” a “Z”, lembram?) que podem ser prazerosos, além daqueles centímetros que vocês bem conhecem. Assim como vocês, também gostamos de carinho e temos tesão em locais que vocês nem imaginam. Tem homens que vão à loucura se são tocados nos peitos, igualzinho a algumas de vocês. Outros não sentem nada, também igualzinho a vocês.
Tem aqueles que gostam, sim, de levar uns tapas na hora do rala e rola. Onde? Bem, aí vocês tem que perguntar porque varia de pessoa pra pessoa. Homem também tem bunda e alguns ficam excitadíssimos se você começar a acariciá-la. Tem aqueles que vão às estrelas com o tal “fio terra” e isso não tem nada a ver com a sua opção sexual. É apenas uma zona erógena como qualquer outra.
Ah! E não se esqueçam de que os brinquedinhos de sex shop podem render uma excelente transa. Sexo tem que ser divertido também. Riso e prazer combinam mais que orgasmos fingidos e noites frustradas.
Como se vê, o cardápio é bem diversificado, então não se contente com o prato básico que você está acostumada(o). Experimente outras possibilidades, se não gostar não precisa repetir, só não recuse antes mesmo de provar.
Bon Appétit!

Vídeo: Harry & Sally

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